domingo, 15 de maio de 2011

Blogagem Coletiva - Adolescência

Boa noite, moças!


Hoje é dia de Blogagem Coletiva - Adolescência, vamos a minha história?

Minha mãe sempre foi muito vaidosa. Sempre cuidou dos cabelos, as unhas feitas, usava vestidos lindos. Minha irmã Diana também. Eu não. Eu era tímida, me sentia gorda e grande em comparação a outras adolescentes. Eu só usava bermudas e camisas de manga e gola alta. Eu tinha muita vergonha de mim e me perguntei inúmeras vezes porque era diferente delas.

Vaidosas, minha mãe e irmã sempre iam a Madureira comprar roupas, bijus, sapatos. Passavam o dia todo por lá. Almoçavam, faziam compras. Chegavam em casa já estava anoitecendo. Minha mãe nem me chamava. Primeiro porque além de tímida eu era chata, reclamava de tudo. Segundo, porque eu enjoava em ônibus.

Enquanto elas se divertiam na rua, eu ficava em casa deitada e lendo o dia inteiro. Aí eu terminei o ginásio. Era 1996 e no ano seguinte eu teria que mudar de colégio. Quem conhece o Rio, vai se localizar. Eu morava em Realengo e meu futuro colégio ficava no Maracanã. São aproximadamente 50 km de distância.

Como eu ia estudar em um colégio tão longe de casa? Quem ia me levar? E se eu enjoasse? Foram semanas tensas. Meu pai me levou para fazer a matrícula, me mandou prestar atenção no caminho que percorremos. Eu tinha 16 anos. No primeiro dia de aula, me arrumei e esperei por meu pai. Mas ele não veio. Tive que ir sozinha. Morri de medo de me perder, de enjoar. Mas deu tudo certo e eu me senti a adulta, a responsável.

Mudei muito do meu comportamento a partir daquele dia. Me soltei mais, perdi o medo das pessoas, parei de enjoar. Minha adolescência começou a partir dessa ida e vinda sozinha da escola. E não parei mais!!!


** Não esqueça de participar do SORTEIO. **

16 comentários:

Gina disse...

Renata,
Foi preciso correr riscos pra ver o mundo que você estava perdendo.
Essa coisa de só ir para longe na companhia de alguém também vivenciei quando optei pela mesma faculdade que minha irmã já estudava. Naquela época se fazia vestibular unificado, colocando em ordem de preferência as faculdades. Não se fazia vestibular específico para a faculdade interessada. Com isso, pela pontuação que fiz podia ter ido para a UFRJ ou UERJ, mas não eram minhas primeiras opções. Paciência! A adolescência tem dessas coisas.
Madureira sempre foi nosso destino de compras, o melhor comércio da região.
Obrigada pela partilha!
Bjs.

Fabiana disse...

Renata,
Também fui muito timida, mas no meu caso, sempre fui vaidosa.
E a timidez, era só na escola ou entre grupos de amigos.
Tremia só de pensar em apresentação de teatro.
E chamada oral, me deixava com o rosto fervendo.
Muito legal a maneira que vc se descobriu adulta, as vezes, essa vontade fica bem escondida dentro de nós, só esperando uma oportunidade para nos revelar.

beijos

orvalho do ceu disse...

Olá, querida Raniere
"Na ternura de um amanhecer,
Eu observei a beleza do orvalho".
(Sandra)

Eu também fui a gordinha das filhas... me empatizo nessa parte com vc... mas o pior é ser taxada até hoje quando estou super bem... Pena que os rótulos fiquem para sempre!!!
Espero que não aconteça com vc isso mais e que, conforme nos deixou claro, esteja bem e feliz... como Deus deseja...
Também tive que transmutar lonjuras com 17 anos (adolescente ainda) e com super medo, como vc... mas foi onde pude me livrar de muitos medos e fantasmas cerebrais...
Estudar mais... a Faculdade era longe...
Crescer, enfim!!!

"...é o molhar do orvalho quem vê meus passos...
é minha vida me chamando pra viver"
( Fractais de Calu)

Tenha um excelente Domingo de paz e alegria.
Bj com gosto de adolescência (o lado bom dela).

Teresa Cristina Martins disse...

OI Renata! Esse momento desafiador foi um divisor de águas, hein? Gostei mto da sua participação e estou passando para agradecer a visita no acolher com amor! Bjus, sigo-te!

chica disse...

É , chega uma hora que temos que crescer,não?
Uma linda fase essa...beijos,tudo de bom,chica e uma semana bem legal!

Dora Regina disse...

Na nossa época fomos privilegiadas, hoje há perigos e ameaças, grande maioria dos adolescentes não tem uma vida saudável.
Grande abraço, obrigada pelo comentário.

Rachel disse...

Bom Dia Renata, acho que é emfrentando nossos medos que crescemos, não é mesmo.
Eu também, logo cedo tive de sair sozinha, ir para a escola e fazer compras para minha mãe, pois eu era a mais velha de 6 irmãs, isso me tornou indepedente cedo demais creio eu, graças a Deus isso só me ajudou.
Adorei a visita e espero que voltes mais vezes, ok?!
Bjuss!!!

Rachel disse...

Voltei... esqueci de dizer que quero participar do sorteio, lindo o pano de copa, ainda mais pela colaboração de vô Pretinho...rs!

Rachel Azevedo
azevedo_rachel@hotmail.com
Taubaté - SP
http://nabiroskinha.blogspot.com/

O que me deixa muito feliz é estar em família, na mesa de refeições rodeada deles e num papo delicioso...não tem preço!

Bjuss!!!

Adri disse...

Oi, Renata! Vim conhecer o seu blog e achei o máximo o seu vô como modelo no sorteio :-)
Quando adolescente, a gente se preocupa tanto em se enquadrar, somos inexperientes demais para perceber que rótulos ficam bem em produtos, nunca em pessoas! Parece que você encontrou a beleza de ser Renata, não a "gordinha", a "tímida", e essa é uma descoberta fantástica :-)
Beijos!

Maria Luiza disse...

Que gracinha seu post. Tenho certeza que agora vc encontra prazer imenso em se enfeitar, não é? estudar longe foi a grande cartada de sua vida. Bjbjbj!

Zilda Santiago disse...

Muito bom o seu depoimento e até serve como exemplo para algumas pessoas que demoram para se encontrar.Você venceu o medo de ser feliz!!!Parabéns.

Minha participação está no blog Rumos Libertadores: http://rumoslibertadores.blogspot.com
Comente e concorra a um livro pela loteria federal ,até o dia 28/05,A SUA ESCOLHA!!SE QUISER SEGUIR,POOOOOOOOOODE!!!!E EU AGRADEÇO!!!

Bel Alves disse...

Muitas vezes precisamos disso para espantar nossos medos e neuroses.Isso para vc foi muito bom..
Paz e bem

RUTE disse...

Renata,
que vitoria inspiradora vc nos deu a conhecer.
É assim mesmo, os obstaculos foram feitos para instigar as pessoas a evoluirem, a se soltarem :)
Amei sua história de triunfo e transformação pessoal.
Beijos,
Rute

Denise Carreiro disse...

Encarar nossos temores nos faz crescer. Essa foi a melhor atitude de seu pai para com vc. Se ele tivesse te protegido, talvez vc não tivesse conseguido ir à escola e seria dependente até hoje.
O sofrimento nos impulsiona. Muita paz!

Diana Neris disse...

Oba,quero participar!!!!
Estou muito orgulhosa de vc,parabéns!!!
Eu te amo muito!!!!
Bjs de sua mana Menezes.

Diana Neris disse...

Meu avô também vem de brinde?
Eu quero, eu quero!!!!

 
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